segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Thank Note to my friends.


Dear friends!!
       It’s wonderful to have people like you around me, not only for your care, but for your love and support in moments like this. My mom was my mirror, and she made me the person I am. She made me fabulous for a reason. No one is perfect, but my mom was close to perfection. She loved and she was loved by everyone who knew her. It was, and has been a very tough moment for me, but it would be tougher if I didn’t have you all, to support me and give me all the love that I need to keep going. Thank you all again for your love and support!!! Friends are family. I love you all!! Onofre

domingo, 26 de setembro de 2010

Homenagem a minha mae falecida em 10/08/2010.

Maria de Lourdes e seu menino

Uma Rosa Sem Espinhos 
      


    
Minha mãe, um SER completo! É muito difícil falar de alguém tão especial, principalmente quando esse alguém não está mais entre nós. A intensidade, o valor de cada palavra dirigida a ela pesa pela simplicidade de seus gestos, pelo carinho com as pessoas, pelo amor a casa, à família e pela religião que sempre foi o elo mais forte que nos sustentava. Eu sempre vi minha mãe como uma pessoa completa, sem defeitos, uma Deusa, sábia e linda acima de tudo. Sua beleza era única e eu sempre gostei de tratá-la com muito carinho, de uma forma muito especial, pois dentro de mim, ela foi e será sempre meu único AMOR. Era linda a forma como a gente se amava e nossa comunicação era perfeita, pois só o amor prevalecia. Não me lembro de tê-la tratado com grosserias ou de outra forma que não fosse com carinho, respeito e admiração. Sempre quando nos encontrávamos, nossos olhos brilhavam e eu sentia isso como se aquele momento fosse um presente de Deus. O beijo nos lábios, o abraço caloroso. Era tudo muito lindo e puro. 
Cada filho tem uma forma de amar e reconhecer os valores de uma verdadeira mãe e companheira. Para mim ela sempre foi a pureza, algo que me fazia sentir orgulho da mãe que eu tinha, do seu valor perante a sociedade, da sua preocupação com a família e principalmente com filhos. Mesmo vivendo distante, nossa comunicação era diária, pois nos falávamos todos os dias. Muitas vezes nada tinha a dizer, mas queria saber como ela estava e só pra dizer o quanto eu a amava. Minha cheirosa, minha Deusa, meu amor, minha menina, minha rosa, foram sempre os nomes que dei a ela, tanto por telefone quanto quando a via. Ela sorria e através daquele sorriso eu sentia que ela estava feliz por eu a tratar assim. Às vezes ela me respondia que não era nada daquilo, mas era assim que eu sempre aprendi a vê-la, pois não havia outra forma de tratá-la. 
     Ela sempre gostou de me vigiar e me dar carinho. Quando estávamos juntos, ela me seguia com aquele olhar de mãe orgulhosa, mas ao mesmo tempo preocupada e atenta. Eu sempre me sentia seguro e protegido. Tinha uma forma especial de tratamento para comigo: “Meu filho” soava como se ela realmente fosse minha mãe e me orgulhava disso. “Meu cheiroso” dava a impressão que eu sempre fui a essência que a completava. “Meu menino” era como se eu nunca havia crescido e com isso estaria sempre sobre a sua proteção. Era lindo eu ouvir essas palavras de carinho, vindo de uma pessoa tão sensível e linda. Ela acariciava meus cabelos quando eu deitava no seu colo no sofá da sala e às vezes eu chegava a adormecer, pelo seu perfume de mãe protetora que exalava, mas sempre atenta e consciente à minha liberdade. 
      Ela sempre tinha seus lugares preferidos na casa. Quando não estava na televisão na sala, estaria sentada na mesa do lado de fora, na varanda ou então na cabeceira da mesa de jantar na cozinha. Tudo isso marca hoje a sua presença. Às vezes quando estava sentadinha na varanda, eu sempre gostei de tirar fotos dela ali, naquele lugar, ao lado do seu baú, onde estavam suas escritas, seus livros, suas revistas e coisas da igreja. O seu sorriso para mim sempre foi marcante e de uma naturalidade que só ela mesma para possuir. Enquanto eu tirava sua foto, ela me jogava um beijo cheio de carinho e amor. 
      Foram muitos os momentos vividos com minha Deusa e todos marcaram de alguma forma. Não sei se fiz tudo que gostaria de ter feito por ela, mas eu sempre tentei ser um bom filho. Tinha medo de decepcioná-la, fazer sofrer, deixá-la preocupada de alguma forma. Ela me acompanhava sempre, pois jamais fiz alguma coisa ou alguma viagem sem antes avisá-la, para que sua tranqüilidade fosse preservada. Na verdade eu nunca quis que minha mãe sofresse. Eu sentia quando ela estava chateada por alguma coisa e isso me angustiava, pois nunca quis que minha mãe sofresse por alguma coisa. Ela não tinha que sofrer, ela precisava de carinho e ser amada incondicionalmente. 
       Falar da minha mãe não é fácil, pois levaria uma vida para definir tudo de belo que ela representou para a família e para o mundo. Hoje minha vida não tem o mesmo sentido, pois o sentido de viver estava na pessoa dela. Ela me ensinou as mais lindas lições de vida e tenho certeza que continuará ensinando. Não sei onde ela estar, mas tenho certeza que está num lugar onde só o bom e o belo se encontram. Ela amou sem limites e entregou sua vida ao bem estar da família e de todos aqueles que a conheceram. Ela sempre foi meu espelho e hoje esse espelho continua refletindo em mim a imagem do bem, do belo, da dignidade humana, do carinho, do sorriso, da pureza e do infinito amor que ela semeou. Suas Pétalas estão por toda parte, mas seus espinhos nunca foram visto, pois ninguém jamais foi ferido por eles. Minha mãe tinha o perfume e a beleza de uma rosa, mas uma rosa sem espinhos. “Meu coração chora a tua ausência, pois você foi e será sempre minha eterna e única namorada! Te amei, te amo e a amarei sempre minha menina! Sei que não viveu o bastante, mas o que vivestes deixou marcas lindas em nossos corações!” 

“Amor meu grande amor.”


 Por: Jose Onofre da Cruz        
Nova Iorque, 19 de Setembro de 2010.